sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Levantamento da CNDL e SPC aponta que inadimplência entre empresas cresceu em setembro

Foto: Divulgação / Assessoria
A inadimplência entre empresas que atual no Brasil cresceu 4,14% durante o mês de setembro, em comparação com o mesmo período em 2018, conforme levantamento divulgado nesta quinta-feira (24) pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). Os dados mostram, contudo, que houve um pequeno recuo no montante de dívidas em atraso no nome de pessoas jurídicas (0,38%).
Todas as regiões do país apresentaram crescimento no número de empresas inseridas no cadastro de negativados. Em destaque está o Sul, que puxou a alta de contas em atraso no último mês, com avanço de 6,37% na comparação com igual mês do ano passado. Já na região Nordeste, houve recuo de 2,55% no quantitativo de dívidas.
Presidente da CNDL, José César Costa, comentou o levantamento e afirmou que o cenário econômico adverso continua afetando a capacidade de pagamento das empresas, o que dificulta muitas delas a manter os compromissos financeiros em dia.
“O faturamento das empresas e a sua capacidade de honrar as contas acabam sendo impactados pela fraca atividade econômica do país, que ainda sofre com alto desemprego e a renda achatada”, disse.

Dívida média 

As empresas inadimplentes no país encerraram o último mês de setembro com uma dívida média de R$ 5.563,06. Pouco mais da metade (56%) possui pendências com valor superior a R$ 1.000,00, enquanto 44% têm abaixo dessa cifra.
O valor médio atual é menor do que o observado no início da série, em 2010, quando correspondia a R$ 10.488,97 —  descontando valor da inflação. O setor que concentra o maior número de empresas negativadas é o de comércio. Quatro em cada dez (44%) empresas inadimplentes são estabelecimentos comerciais.
O ramo de serviços aparece com a segunda maior participação, concentrando 41% do total de pessoas jurídicas negativadas. Entre os setores devedores, quem lidera no crescimento do número de empresas negativadas também é o setor de serviços, com alta de 7,12% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já o comércio teve alta de 1,53%, enquanto a indústria apresentou aumento de 1,69%.

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