quarta-feira, 24 de julho de 2019

Governo deve distribuir 100% do lucro de R$ 9,5 bi do FGTS a trabalhadores


Para aumentar a rentabilidade dos cotistas, equipe econômica deve alterar a regra que hoje distribui apenas metade do lucro do fundo
Para compensar o limite de R$ 500 por conta nos saques extras do FGTS neste ano, o governo deve anunciar que o lucro do fundo – que, segundo apurou o Estado, foi de cerca de R$ 9,5 bilhões em 2018 – será dividido integralmente entre os trabalhadores. Com isso, o retorno do fundo para o trabalhador deve aumentar. Hoje, por lei, apenas metade do lucro do FGTS é repartida entre os cotistas – os valores são creditados de forma proporcional ao saldo de cada conta no dia 31 de dezembro no ano anterior. No ano passado, a distribuição de resultados do FGTS de 2017 elevou a rentabilidade das contas do fundo de 3,8% ao ano (3% + TR) para 5,59% ao ano. Foram distribuídos R$ 6,23 bilhões (metade do lucro de R$ 12,46 bilhões) para 90,7 milhões de trabalhadores. Na média, o lucro representou R$ 38 por conta, mas o valor foi proporcional ao saldo de cada cotista. Ou seja, a divisão do lucro gerou um rendimento extra de 1,72% (R$ 17,2 para cada R$ 1 mil de saldo do FGTS). Além de ampliar o retorno dado aos trabalhadores nas aplicações feitas pelo fundo, o governo vai permitir um saque excepcional neste ano no valor de até R$ 500 por conta, como antecipou o Estadão/Broadcast. A Caixa sugeriu um calendário para os que já fizeram aniversário em que os saques começam no dia 19 de agosto. As agências devem abrir no fim de semana para atender os cotistas. “O governo passado soltou só (as contas) inativas. Nós vamos soltar ativas e inativas. Eles soltaram uma vez, vamos soltar para sempre, todo ano vai ter”, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, logo após participar de cerimônia com o presidente Jair Bolsonaro sobre o mercado de gás natural. No governo Michel Temer, foi permitido o saque de contas inativas do FGTS. Segundo a Caixa, os saques somaram R$ 44 bilhões, com 25,9 milhões de trabalhadores beneficiados.
Estadão

Nenhum comentário:

Postar um comentário