sexta-feira, 21 de outubro de 2016

MPF acusa 21 por homicídio após desastre em Mariana


O Ministério Público Federal (MPF) no estado de Minas Gerais denunciou, nesta quinta-feira (20), 22 pessoas e quatro empresas pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco, na cidade de Mariana, em novembro de 2015. Segundo o portal G1, 21 denunciados são acusadas de homicídio qualificado com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.O rompimento da Barragem de Fundão destruiu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, e atingiu outras cidades mineiras. Os rejeitos chegaram ainda ao estado do Espírito Santo. A catástrofe ambiental, considerada a maior do país, deixou ainda 19 mortos.Entre os denunciados por homicídio estão Ricardo Vescovi, diretor-presidente licenciado da Samarco, Kléber Terra, diretor-geral de operações, também da Samarco, três gerentes operacionais e 11 integrantes do Conselho de Administração da mineradora, além de cinco representantes da Vale e BHP Billiton, companhias donas da Samarco. Eles ainda são acusados pelos crimes de inundação, desabamento, lesão corporal e crimes ambientais.Segundo o G1, as três empresas citadas são acusadas de nove crimes ambientais. A companhia de consultoria VogBR e o engenheiro Samuel Loures foram acusados de apresentação de laudo ambiental falso. Ainda de acordo com o G1, o procurador da República José Adércio Leite Sampaio informou que o MPF pediu reparação dos danos causados às vítimas. O valor da indenização ainda será apurado durante a instrução do processo. “Houve um sequestro da segurança em busca do lucro”, disse o procurador.

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