quarta-feira, 27 de agosto de 2014

DEBATE E MORTE ELEVAM APOSTAS CONTRA DILMA NO EXTERIOR

Resultado de imagem para FOTOS DE DILMAA reviravolta no cenário político brasileiro gerou um interesse surpreendente entre apostadores de um site que tem sede em Londres, o Unibet. A mudança inesperada causada pelo acidente aéreo que matou o candidato Eduardo Campos chamou atenção no exterior e tornou a corrida eleitoral brasileira a mais procurada no setor de política pelos "jogadores" da casa de apostas.


Esse tipo de "brincadeira" é proibida no Brasil, mas ganha cada vez mais adeptos no exterior. Operadores e economistas do mercado financeiro comumente emplacam parte de seus recursos em palpites nessas empresas especializadas, sejam elas com temas de algum esporte ou da área política. O jogo, quando entra na seara da disputa eleitoral, já é visto como um termômetro sobre o rumo de determinada eleição. "Nos Estados Unidos, por exemplo, muitas vezes as casas de apostas conseguem se antecipar a mudanças vistas em pesquisas e no próprio resultado", comentou um economista do mercado financeiro brasileiro que não quis se identificar.

A Unibet tem origem sueca e os esportes como principal foco de atuação. Quem quiser arriscar e ganhar - ou perder - dinheiro com suas intuições ou informações sobre futebol e pôquer, entre outros, pode escolher o site para apostar em uma posição. A primeira vez que a empresa entrou na área política foi quando apresentou aos "jogadores" o possível cenário para o desdobramento das eleições na Suécia. Este ano, o Brasil foi apresentado aos possíveis interessados. "Esta é a primeira vez que colocamos alguma coisa sobre as eleições brasileiras. Como estou sempre no Brasil, me perguntaram por que não, e decidimos fazer", explicou o responsável pela área de futebol da Unibet, Christian Eider.

No site, também são encontradas apostas para eleições em outros países, como Reino Unido e Estados Unidos, e até para o resultado do referendo sobre a independência da Escócia. Como no caso do Brasil era tudo uma novidade, a expectativa era de que poucas apostas fossem feitas. Então, o site decidiu fazer uma apresentação bem simples aos participantes: quem será o próximo presidente do Brasil: Dilma Rousseff ou outro candidato? A opção de colocar apenas um nome se deu porque imaginava-se que os demais concorrentes não seriam tão conhecidos no mundo, em especial na Europa.

No abertura das apostas para o Brasil, 60% dos participantes - a casa não diz qual é o total de volume nessa "brincadeira" - acreditavam que Dilma seria reeleita. Logo após o acidente aéreo que matou o então candidato Eduardo Campos (PSB), a tendência se inverteu e 60% dos participantes passaram a acreditar que "outro candidato" venceria a disputa no Brasil. "Ficamos bem surpresos com o interesse pelo tema da aposta e, principalmente, pela inversão após o acidente", comentou Eider.

De acordo com ele, a disputa brasileira se tornou uma das apostas mais populares do site e a que atraiu o maior volume de recursos na área política. De olho nesse filão, o executivo disse que já pensa em outros temas relacionados ao Brasil. Há brasileiros que participam do jogo, mas como no País esse tipo de operação é proibida, são cidadãos que vivem em outras partes do mundo, em especial na Europa.

O jogo funciona assim: a cada dólar apostado, há um x de retorno para quem acertar o resultado. A aposta apontada como a menos provável é sempre a que gera maior retorno. Ontem à tarde, por exemplo, quem acreditava na vitória de Dilma (a minoria), teria retorno de US$ 2,10 por dólar no caso de a candidata ser reeleita. Já se "outro candidato qualquer" vencer a disputa, que é o que a maioria espera neste momento, o retorno seria de US$ 1 67 por dólar.

Hoje cedo, depois do primeiro debate televisionado ontem à noite entre os candidatos, o retorno já havia mudado: US$ 2,75 no caso de Dilma vencer e US$ 1,40 para outro candidato. Essa mudança pode ser interpretada como uma avaliação de que os demais candidatos - ou pelo menos um deles - se saiu melhor do que Dilma.

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